Expectativa é uma armadilha.
Ela planta em você uma sementinha que te faz buscar o alvo
do seu desejo e acaba sendo responsável por muitas das suas conquistas. Afinal
de contas, se não houvesse alguma expectativa talvez você não tivesse nem
levantado da cadeira. Em contra partida ela pode ser responsável pelas suas
decepções. É matemática: quanto maior a expectativa, maior o risco de decepção.
Sempre tentei me lembrar disso quando vejo meu nível de
expectativa nas alturas e tento baixar um pouco ela, não que eu tenha algum
êxito nisso, mas eu tento né.... O restaurante de Roberta Sudbrack me dava borboletas
no estômago, pois eu sabia que tinha uma expectativa alta demais.
Em compensação, quando a expectativa é muito baixa ou não
existe e você se depara com algo muito bom, essa sensação de realização toma
outras proporções. E foi que aconteceu com o Opium.
O Opium é o restaurante do Hotel Ipanema Plaza, no Rio de Janeiro e quem nos deu a dica quente foi o Guilherme Falcão, um amigo muito muito querido (e sabido!). Decidimos seguir a dica e rumamos pra lá com um casal de outros amigos especiais: Bruno e Ana Luiza. Esses dois ai são como nós, ligados em gastronomia e vinho. Então não tinha companhia melhor para nos acompanhar.
O Opium tem como especialidade a culinária asiática
contemporânea, utilizando influências do Japão, Vietnã, Índia, China e
Tailândia.
O cardápio era imenso, se tornando quase um problema. Eram tantas as opções, tão bem descritas e tão convidativas que perdemos um bom tempo pra definir nossos pedidos.
Cada um de nós seguiu em uma linha nas entradas e era um tal de um
cobiçar o prato do outro...
Chega mais!
Chega mais!
Fernando foi de Lulas em Especiarias: anéis de lulas empanadas,
acompanhado de três molhos: teriyaki, thai e balsâmico.
Argolinhas de lulas macias, no ponto e crocantes. O molho balsâmico
foi o que mais agradou, seguido pelo picante e adocicado thai. O teriyaki
estava um pouco enjoativo e melado.
A Ana ficou com a entrada que tanto cobicei, um mix de snacks. O Snack Sushi Bar era assim, cada colherzinha uma experiência diferente: camarão empanado em geléia thai, peixe branco em azeite de ervas, salmão em crosta de chá verde ao molho de mostarda e mel; peixe branco recheado com damasco em creme de maracujá, atum em crosta de pimenta japonesa ao teriyaki.
A Ana ficou com a entrada que tanto cobicei, um mix de snacks. O Snack Sushi Bar era assim, cada colherzinha uma experiência diferente: camarão empanado em geléia thai, peixe branco em azeite de ervas, salmão em crosta de chá verde ao molho de mostarda e mel; peixe branco recheado com damasco em creme de maracujá, atum em crosta de pimenta japonesa ao teriyaki.
Eu fiquei com salmão na entrada. Salmão em nachos
crocantes de aipim.
Imagina um tartare de salmão fresquinho e bem temperado, com topo de ovas de cor vibrante e sabor inconfundível, tudo isso gentilmente apoiado sobre um nacho crocante de aipim e regado com um azeite de ervas. Imaginou? Agora imagina a sua vontade de dividir essa preciosidade com os outros. Entendeu?
Imagina um tartare de salmão fresquinho e bem temperado, com topo de ovas de cor vibrante e sabor inconfundível, tudo isso gentilmente apoiado sobre um nacho crocante de aipim e regado com um azeite de ervas. Imaginou? Agora imagina a sua vontade de dividir essa preciosidade com os outros. Entendeu?
Deixa de ser egoísta, Mariana.
O Bruno esperou um pouco mais pela entrada dele e acabou faturando uma cortesia do sushi bar, sushis fresquinhos.
O Bruno esperou um pouco mais pela entrada dele e acabou faturando uma cortesia do sushi bar, sushis fresquinhos.
Mas o Roast Beef de Atum que ele pediu fez por
merecer. Atum
fresco envolto em algas, empanado em coco e acompanhado de amêndoas ao molho
Teriyaki.
Parecia um sushi grande, mas a presença do coco nesse prato dava um toque distinto e surpreendente que te levava a uma nova dimensão do conceito de comida japonesa.
Parecia um sushi grande, mas a presença do coco nesse prato dava um toque distinto e surpreendente que te levava a uma nova dimensão do conceito de comida japonesa.
Felizes com nossas escolhas esperamos pelos pratos.
Fernando e a Ana fizeram o mesmo sábio pedido: Salmão Asiático
Um belo naco de salmão grelhado, semi-cru por dentro,
acompanhada de um risoto de cogumelos frescos: Shimeji, Shitaki, Paris e Funghi. Um
glacê de vitelo envolvia o prato e um crispi de mandioquinha dava o toque final.
Um
prato bastante completo e rico de sabores e texturas, a suavidade do salmão em
duas versões (a grelhado e a cru), o sabor marcante do mix de cogumelos e a
crocância da mandioquinha.
Escolha
muito feliz eu diria!
Eu
e o Bruno tentamos algo mais emocionante, com um pouco mais de picancia.
Meu
prato era dono de um nome difícil: Kaeng Phet Pla Kup Naw. Mas nada mais
era do que filés de
namorado refogados com curry vermelho e leite de coco sobre batatas,
coberto por uvas, cogumelos paris, tomate cereja, folhas de manjericão e acompanhado de
arroz de jasmim.
Ele não era o prato mais atraente na apresentação, mas para quem gosta de leite de coco e pimenta como eu, era tiro certeiro. E foi. O ponto fora da curva foi na batata que não acompanhou a presença dos outros ingredientes e poderia ter um pouco mais de personalidade.
Ele não era o prato mais atraente na apresentação, mas para quem gosta de leite de coco e pimenta como eu, era tiro certeiro. E foi. O ponto fora da curva foi na batata que não acompanhou a presença dos outros ingredientes e poderia ter um pouco mais de personalidade.
É
que eu gosto taaaaaaaaaanto de batata...
Mas
pensando também na variedade de sabores do prato como o apimentado do curry, o
característico do leite de coco, o doce das uvas e até acidez do tomate cereja,
emperequetar muito na batata poderia desandar com a harmonia.
Resumindo,
estava mais do que correta tanto a confecção quanto a elaboração do prato.
Por último o Bruno inovou com o Rolinho Crocante de
Salmão. Um prato diferente, com apresentação marcante. Finas fatias de salmão
fresco, foie gras e abacaxi, envoltas em fina massa Harumaki crocante, ao molho
de especiarias e salada de papaia verde picante.
Interessantíssima a salada de papaia que era picante pra
valer e que fazia toda diferença na harmonização de tantos ingredientes.
Difícil foi eleger um favorito, coisa que não consegui
até agora. Difícil mesmo.
Mas fato é que comemos como realeza. Nada de
restaurante-asiático-moderninho-fake. É restaurante de culinária asiática de
verdade.
O ambiente é agradabilíssimo e o atendimento é a moda
paulista. Os cariocas que me perdoem, mas nesse quesito eles ainda estão anos
luz atrás de nós. Em lugar algum fomos tão bem atendidos quanto no Opium. Serviço
atencioso, prestativo e simpático, que mesmo no erro é capaz de nos provar a
preocupação em contornar o problema e manter a qualidade.
Saímos contentes e com a certeza que a indicação não só
foi precisa, como será contínua. Para você que está lendo esse texto e pretende
ir ao Rio de Janeiro, o Opium vira parada obrigatória.
A conta?
Entrada + prato + bebida não alcoolica: R$145,00 por casal.
Não é uma pechincha, mas com esse nível de pratos, ingredientes frescos e atendimento não teria como ser. Porém, é o raro tipo de conta que você paga sorrindo.
A conta?
Entrada + prato + bebida não alcoolica: R$145,00 por casal.
Não é uma pechincha, mas com esse nível de pratos, ingredientes frescos e atendimento não teria como ser. Porém, é o raro tipo de conta que você paga sorrindo.
Opium Restaurante
Hotel Ipanema Plaza
Rua Farme de Amoedo, 34 - Ipanema
Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 3687-2000
Vai ver que o dono do Opium é de SP! rs
ResponderExcluirAchei o preço ótimo. Não acho que em SP exista coisa melhor e por menos. Essa com certeza é minha próxima parada assim que eu voltar ao RJ.
Agradeço seu comentário e gostaria de saber se podemos colocar seu link no mural social do hotel...muito obrigado por suas recomendações sou o chef. executivo do hotel,Adilson peres, obrigado e bom domingo!!!!!!!
ResponderExcluirAdilson, sem dúvida que pode!
ResponderExcluir