27 julho, 2011

Santa Tereza

E chega ao fim minha experiência como Embaixadora dePadarias, pelo Divirta-se.


Fui conhecer a centenária Padaria Santa Tereza, que fica ali próximo a Praça da Sé no centro de São Paulo. A padaria foi fundada em 1872 e é a mais antiga do Brasil. Hoje é super bem freqüentada pelos executivos que trabalham na região, pessoal da Bovespa, do Fórum. 



25 julho, 2011

Genialidade Japonesa (parte 2)

No último post (corre lá e dá uma olhada!) mostrei algumas curiosidades nipônicas que encontrei no Marketing na Cozinha, do Rafael Mantesso.

E sabe, eu falei que tinha mais. E tem.

Comentei também que a genialidade desse povo oriental as vezes beira a incompreensão. Eles são inteligentes, disciplinados, esforçados, povo de cultura forte. E isso reflete na capacidade de criação deles, mas as vezes me questiono: pra que exatamente serve isso? Como o Robô do último post.
Ta ai, mais uma invensão que faz minha cachola ruiva patinar:


Uma INCRÍVEL montanha russa para noodles com água fervendo correndo pelo escorrega e os túneis podem ser enchidos com temperos para deixar os noodles mais saborosos! Prático, útil.

22 julho, 2011

Genialidade Japonesa (parte 1)

Que eu respiro gastronomia, não é novidade. Sou gordinha de coração, pensamento, alma e corpo (to ficando). E ó, Dona Nutricionista, posso até ficar magra, mas aqui dentro desse corpitcho ruivo bate um coração gordo. Então não tem jeito, o papo aqui é reto: comida.

Se eu não to comendo, to absorvendo gastronomia de outras formas. Há um bom tempo atrás encontrei um achado aqui na net, um site chamado MARKETING NA COZINHA, do querido Rafael Mantesso (vai lá e segue o cara no twitter, que ele é demais). E o legal desse "www" fenomenal é que ele fala de gastronomia de outros pontos de vista, como o design, novidades, invenções, campanhas, fotografia, produtos e tudo que esta relacionado a comida mas não é comida. Tudo com muito humor!

Que japonês é sabido, a gente já sabia. Que eles são metódicos e detentores do maior número de estrelas Michelin, eu também já sabia.  Mas tem coisa que descobri por lá que só pagando pra ver, viu?! Por isso dei uma garimpada lá no Marketing na Cozinha e trouxe pra vocês os melhores posts sobre o assunto nipônico! Fazer o seguinte: vou dividir essa bagaça em 2, tá? Pra não cansar a beleza de vocês.

17 julho, 2011

PÃO - Padaria Artesanal Orgânica

Diferentemente do último post, dessa vez futebol não será um bom assunto nem de longe. Talvez se o final de semana tivesse acabado na eliminação da Argentina na Copa América, talvez sim seria divertido falar de futebol. Mas, porém, contudo, todavia, acho melhor a gente voltar ao bom e velho assunto comida:

Depois de Cepam, Julice e St. Honoré, rumei para minha 4ª padaria selecionada como Embaixadora, a PÃO.


15 julho, 2011

Dia Nacional do Homem - 15 de Julho



Homem que é homem não come mel, come abelha.
Homem que é homem não engole sapo, come perereca.
Homem que é homem não chupa Mentos, mastiga Naftalina.
Homem que é homem não twitta hashtag, arranca a tecla # do smartphone.
Homem que é homem não masca chiclete, mastiga elástico de prender dinheiro.
Homem que é homem não bebe leite, bebe a vaca.
Homem que é homem quando faz aniversário não sopra as velas, apaga no grito.
Homem que é homem não lava roupa, toma banho com ela.
Homem que é homem não usa barbeador, faz a barba com faca de cozinha.
Homem que é homem não corta a unha, apara no esmeril.
Homem que é homem não toma milk-shake, sacode a vaca.
Homem que é homem não usa cueca, usa saco de estopa.
Homem que é homem macho não anda, o mundo que gira aos seus pés.
Homem que é homem quando tem doença grave não faz tratamento, faz figa.
Homem que é homem não reza, morre e fala na cara.

Homem que é homem não tem Dia do Homem! 

Bom dia para todos.

14 julho, 2011

Cera-quente no futebol!


Estou numa onda de falar de comida que tá me dando até medo. Ainda se eu só falasse, ou só escrevesse, estava tudo bem... Mas, né?! Pra gente poder dar uma opinião que valha alguma coisa, tem que viver aquilo. To vivendo padaria, doces, pães. E pelo jeito vou continuar vivendo gorda.

Pra variar um pouco, hoje vou seguir uma sugestão do palmeirense roxo mais legal que eu conheço: o Dan. Dan disse pra mim “Pô, primaaaa! Fala de futebol no teu blog.”

Que assim seja! Mas não to aqui pra falar do Neymar, do Pato, do Ganso, do frango do Ceni ou da galinhada toda da seleção brasileira, nem do Corinthians e Carlitos Tevez. Eu to aqui pra falar das meninas no futebol, que no último sábado foram desclassificadas do Campeonato Mundial de Futebol Feminino pelos EUA.


11 julho, 2011

St. Honoré - um pedaço de Paris em São Paulo


Mais uma missão à cumprir como Embaixadora de Padaria e dessa vez fui conhecer a St. Honoré.


 Chamar de padaria um estabelecimento como esse chega a beirar a estranheza. Além de ter mais cara de restaurante do que uma padoca, tem uma adega até suntuosa demais e pão não é o carro-chefe da casa. É um lugar onde se come bem durante o dia todo, desde o café-da-manhã, almoço, chá da tarde e jantar. E a menina dos olhos sem dúvida são os doces. Por essas e outras ela se auto-entitula “Boulangerie, Pâtisserie, Traiteur e Restauration” (padaria, doceria, rotisseria e restaurante).

07 julho, 2011

Angelina Paris - o caso de amor

Hoje nem eu acredito que um dia a frase “nem sou muito de doces” já saiu dessa boca que vos fala. Eu não tinha idéia do que era um doce. Pobrezinha de mim.


Todo mundo tem seu carrasco. E eu encontrei o meu ali, embaixo dos arcos da suntuosa Rue de Rivoli em Paris, em abril de 2010.


Já tinham me falado sobre ele e eu estava um pouco curiosa para conhecê-lo. Em uma tarde linda e fria de primavera (parisiense), depois de um passeio pelos Jardins de Tuileries fomos ao seu encontro.
E mesmo em lua-de-mel, com o marido do lado, ao vê-lo percebi que meu mundo nunca mais seria o mesmo. E desde então formamos um triangulo amoroso, nos amamos pelos 6 dias que ficamos em Paris. E até hoje ele percorre nossas memórias, é tão difícil esquecê-lo, tão difícil viver sem ele. E sei que o Fernando sente o mesmo.

__(devaneios)___

Volta Mariana. Escreve o texto.

O Angelina Paris foi fundado em 1903, inicialmente com sede na Rue de Rivoli, mas hoje são mais 5 endereços espalhados pela Cidade Luz.


Olha, não entendo muito de estilo de decoração, principalmente as francesas, mas só sei que o lugar é imponente, elegante, inspirador, bem coisa de filme mesmo. O atendimento... ah, deixa pra lá o atendimento.

salão

Primeira vez que fomos segui um conselho especial e pedi logo de cara o doce mais famoso da casa o tal do Mont Blanc. Todos os dias são vendidos 600 dessas obras divinas, feitas de suspiros, chantilly e coberto com um creme de purê de castanhas portuguesas. O Fernando ficou com o Indecis.


O Mont Blanc em destaque e o Indecis em segundo plano

Não sei se era o tamanho da minha expectativa, mas não me empolguei muito com o famosão. Era muito bom, mas não espetacular como imaginava, o do Fernando era mais surpreendente. Mas só de estar naquele ambiente tão parisiense já era um delírio. A vitrine de doces era uma pintura e os doces pareciam de mentira de tão lindos e bem apresentados que eram.

macarons


E foi assim que se seguiu nosso caso de amor, todas as tardes PRE-CI-SA-VA-MOS de um doce do Angelina. Em outra oportunidade tivemos um encontro rápido, só passamos por lá e compramos essa delícia de Saint Honoré: massa folhada, carolinas recheadas revestidas de caramelo e chantilly de baunilha Bourbon. Ou alguma coisa assim...


conta pra eles pq vc ta feliz assim, conta!

compreende?


Na visita ao Chateau de Versailles tivemos uma surpresa ao ver o Angelina por ali. Uma loja dentro dos Domínios de Maria Antonieta. Depois de andar horas pelo castelo, seus deslumbrantes jardins e todo o Petit Trianon, encontrar um Angelina ali foi o pote de ouro prometido no fim do arco-íris. Se foi!
E foi nesse dia que comemos o melhor Mil Folhas de nossas vidas. Nós dois, recém casados, na mágica Paris, dentro do estonteante Chateau e O mil folhas. 

oh my god



Num desses dias, longe do Angelina e sentindo muito falta de tudo que ele nos proporciona, fui buscar outra alternativa. A Boulangerie do Eric Kaizer.
Um lugar menor que o Angelina, mais simples, sem todo aquele glamour, mas não menos charmoso. A vitrine é tão apetitosa e bonita quanto o Angelina. E eu, que não durmo no barulho, já tinha ido pesquisar sobre a procedência de tais doces...Sir Eric Kaizer é dos bons.





Escolhe daqui, escolhe dali. E finalmente nossos docinhos:




tira o olho!
 Bom? Não.
Gostoso? Não.
Delicioso? Não, também.
So fucking amazing!

O Eric Kayser foi uma paixão momentânea, mas quem ganhou mesmo nossos corações foi o Angelina. Hoje sofremos a procura do doce perfeito e tudo que ganhamos com isso são calorias e quilos.


nosso caso de amor

Fernandinha foi a Paris, e eu disse vá ao Angelina por mim?. Ela foi e me trouxe uma linda lembrança:

bibelô mais fofo!

Fê ,eu preferiria que você trouxesse o Mil Folhas, mas fico com esse lindo bibelô, uma charmosa jarra de porcelana com detalhes em dourado do Angelina, que sempre vai me lembrar que um dia eu não give a shit para doces.

“Eu era feliz e não sabia.
Hoje sofro, pois não tenho o Angelina”
(*virei até poeta )



04 julho, 2011

Julice Boulangère

A bola da vez é a Julice Boulangère.
Ta vendo meu sorrisão na cara?
Vem comigo!



A Julice Boulangère, que carrega o nome da dona (Julice Vaz), fica no meio da Vila Madalena em um imóvel tranqüilo, romântico, so sugar, que você nem se da conta que está ali no coração de tudo. Aliás, passe devagar de carro, pois o lugar é tão discreto que é capaz de você passar reto.

Julice Vaz


Não consigo classificar a Julice como padaria, pois chega até parecer pejorativo. Mas dentro da definição da palavra de "lugar que se fabrica ou vende pão", não tem como fugir disso já que é o que ela mais sabe fazer.
Sabe aquele lugar bonitinho, cheio de nhenhenhém, onde todos os produtos parecem deliciosos, mas quando você prova de fato se da conta que o lugar é fake? O vulgo “bonitinho, mas ordinário”. Então, não, a Julice Boulangère não é assim...e eu senti isso desde a primeira vez que ouvi falar nela.

E eis que viro Embaixadora da Diversão. Se eu já ia bancar essa visita, imagina agora com o Estadão me bancando?! Intimei uma grande amiga pra ir comigo: “Débora, corre comigo que você não cansa!”.

O lugar é lindo, cheio de portas-balcão, iluminado e arejado. Não tem cara de padaria, tem cara de boulangère parisiense!




As estantes de madeira abrigam pães de todos os tipos, geléias, chutneys, biscoitos, gostosuras de empório e até cupcakes.


geléias

 A área externa onde estão as mesas tem o piso de pedras e ladrilho hidráulico para combinar com o tijolo aparente. Encantador.




A própria Julice nos recebeu muito bem. Quero saber tudo. Me conta? E ela foi de uma paciência ímpar. Explicou-nos sobre o fermento que ela usa, o levain, que foi trazido de São Francisco e é cultivado a 80 anos, sempre o alimentando. Ela contou também que usa dois tipos de fermentos nas massas, sempre o levain e mais um dependendo do tipo de pão, e não usa conservante nem aquele monte de química. Do início da massa até o pão pronto saindo do forno são 36 horas de trabalho, uma longa jornada com muitas etapas até você poder saboreá-los em duas padronagens: os grandes com 300gr. e os menores com 70gr.
E meu Deus, como tem pão!

olha só a cor desse pão!

forma de carangueijo e tartaruga pros pimpolhos




Escolhemos nossa mesa, pedimos nosso chocolate e curtimos aquele dia lindo de inverno.
Trouxeram-nos miniaturas de 4 tipos de pães para degustarmos: o de (1) Cerveja Guinness, o (2) 3 Estações (avelã, nozes e passas), o de (3) Gorgonzola com Nozes e Uvas-passas, e o de (4) Linhaça com Castanha do Pará. Acompanhados de 2 geléias da casa: a de Pêra com Cabernet Sauvignon e a de Damasco com Alecrim.



Confesso que o famoso pão de Guinness deixou um pouco a desejar, acho que minha expectativa era alta demais e ele muito suave, sem grandes mimimi´s.

E ó, lá é assim: se diz que tem Castanha do Pará no pão, é porque tem. E não é pó de castanha, castanha ralada, castanha picada, essência de castanha... é CAS-TA-NHA. Pra valer.


O pão em si, sem nada em cima nem dentro, já é uma coisa! Miolo e casca de texturas e sabores dignos de uma Pão com letra maiúscula. Aquela crocância perfeita, sabe? E a maciez ideal do miolo. Cheira pão, tem sabor de pão. Imagina mais um monte de coisa misturado nesse conceito todo? De enlouquecer.

Dificil até escolher um preferido entre os quatro...mas talvez eu fique com o de Gorgonzola.

Como era hora do almoço resolvemos pedir sanduiches. Eu segui a sugestão da Julice e fiquei com o Croque Monsieur (R$14,20). A Dé fez a sábia escolha pelo Queijo Branco com Jambon (R$14,50).
O meu veio quentinho para reconfortar aquela tarde fria, presunto e queijo gruyére no brioche com molho branco. No ponto.


O da Débora estava primoroso. O queijo branco e o presunto cru acomodavam as finas fatias de maçã verde que davam um toque adocicado e refrescante ao sanduiche. Tudo isso servido no pão de Linhaça com Castanha do Pará.


Nos esbaldamos e pedimos um Croissant de Chocolate com Amêndoas (R$4,50) de sobremesa. Gostoso, mas senti falta do chocolate por ali.


 O serviço lá ainda é um pouco atrapalhado, avoado, mas extremamente cordial e simpático. Nada que alguns ajustes não resolvam. Coisas de casa nova...

Tudo muito lindo e muito bom. Sai de lá quase rolando, mas realizada e não podia deixar o maridão sem ver a cor daquelas belezuras. Segui a dica de uma funcionária simpática “Se vai levar, leve esse!” e comprei o Pão de Calabresa com Vinho Beaujolais (R$9,00). Um pão de presença, todo arroxeado por dentro, com pedacinhos de lingüiça. Para os fortes. Fernando se acabou nele...

ele é ainda mais bonito por dentro

E escolhi outro seguindo a dica do meu nariz que me dizia “Sente só...cheiro de pão que acabou de sair do forno com chocolate !”. Comprei dois mini pães de Chocolate com Ameixa (R$1,70/cada). Pecado? Pecado é ter levado só dois. Por que foi que eu fiz isso mesmo? Ahhh...a nutricionista.

vocês não tem idéia do que é isso!
E não ia deixar aquele geléia linda de Pêra com Vinho (R$13,20) para trás “Vem comigo pra casa, baby!”.

Olha, se você esta de dieta é melhor continuar na saladinha com peito de frango grelhado (eca), ok?
Ir na Julice Boulangère de dieta (ou com pressa) causa crise existêncial.


Mais informações como Embaixadora de Padarias, no site Divirta-se, do Estadão! Dá uma espiada!





Julice Boulangère
Rua Deputado Lacerda Franco, 536 - Pinheiros
fone: (11) 3097-9144
Horário de Funcionamento:
Seg-Sex. 8:30hs-20hs
Sab. 8:30hs-19hs